O olhar crítico

John Dewey dizia que, se um grupo de alunos trocassem ideias, se dialogavam, nesta situação se exaltava a verdadeira Educação. Desta forma, como amante da Educação, resolvi expor meus trabalhos acadêmicos, bem como outros textos, afim de contruir uma realidade mais crítica para a progressividade educacional.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Educação segundo os Grandes Pensadores.

Platão (427 – 347 a.C.). O objetivo final da Educação era a formação do homem moral, vivendo em um Estado justo.
Aristóteles (384 – 322 a.C.). Cabe a Educação a formação do caráter do aluno.
Jean – Jacques Rousseau (1712 – 1778). A reforma da educação é que possibilitaria uma reforma do sistema político e social. A educação não somente mudaria as pessoas particulares, mas também a toda a sociedade, pois trata-se de educar o cidadão para que ele ajude a forjar uma nova sociedade.
Johann Heinrich Pestalozzi (1746 – 1827). A escola idealizada por Pestalozzi deveria ser não só uma extensão do lar, como inspirar-se no ambiente familiar, para oferecer uma atmosfera de segurança e afeto.
Johann Friedrich Herbart (1776 – 1841). Em Herbart, o processo educativo se baseia, em seus objetivos e meios, na Ética e na Psicologia, respectivamente. A principal função da educação em uma sociedade é a aquisição de idéias por parte dos alunos.
Karl Marx (1818-1883). Via na função da Escola a tarefa de preparar os alunos para a vida política e social do seu país. É um ideal revolucionário que contribuiu para formação de “monstros” sociais como o comunismo soviético.
Émile Durkheim (1858-1917). Ensinar o aluno a cultura daquela sociedade em que ele vive, educando-o para o trabalho e pregar a moral daquele grupo. A Escola deve disciplinar o homem para a vida.
Karl Mannheim (1893-1947). A Escola existe em uma visão conservadora para ensinar sobre temas importantes, preparar o aluno para a vida e para uma carreira profissional, estimulando-o no desempenho das suas tarefas.
John Dewey (1859 – 1952). A Escola é um espaço onde as pessoas se encontram para educar e ser educadas. O objetivo da Escola deveria ser ensinar a criança a viver no mundo. A Escola deve proporcionar práticas conjuntas promover situações de cooperação, em vez de lidar com as crianças de forma isolada.
Maria Montessori (1870 – 1952). Os princípios fundamentais do sistema Montessori são: a atividade, a individualidade e a liberdade. Enfatizando os aspectos biológicos, pois, considerando que a vida é desenvolvimento, achava que era função de educação favorecer esse desenvolvimento. Os estímulos externos formariam o espírito da criança, precisando, portanto ser determinados.
Alexander Neill (1883 – 1973). A criança tinha a possibilidade de escolher e decidir o que aprender e como aprender, respeitando seu ritmo e interesse.
Célestin Freinet (1896 – 1966): Por acreditar que o interesse da criança não estava na Escola e sim fora dela, Freinet idealizou uma atividade (aula – passeio) com o objetivo de trazer motivação, ação e vida para a Escola.
Jean Piaget (1896 – 1980). A Escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento. A Escola tem um papel essencial na construção desse ser; ela deveria dirigir o ensino não para etapas intelectuais já alcançadas, mas sim, para etapas ainda não alcançadas pelos alunos, funcionando como incentivadora de novas conquistas, do desenvolvimento potencial do aluno.
Lev Vygotsky (1896 – 1934). A Escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo ensino-aprendizagem. É preciso que a Escola e seus educadores atentem que não tem como função ensinar aquilo que o aluno pode aprender por si mesmo e sim, potencializar o processo de aprendizagem do estudante. A função da Escola é fazer com que os conceitos espontâneos, informais, que as crianças adquirem na convivência social, evoluam para o nível dos conceitos científicos, sistemáticos e formais, adquiridos pelo ensino.
Anísio Teixeira (1900 – 1971). A escola é local propício para a construção desta consciência social. Nela o indivíduo adquire valores; nela há condições para formar o ser social.
Paulo freire (1921 – 1997). Propõe uma pratica de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos.
Edgar Morin (1921 -). O papel da Escola passa pela porta do conhecimento. É ajudar o ser que está em formação a viver, a encarar a vida. O papel da educação é de ensinar a enfrentar a incerteza da vida; é de ensinar o que é o conhecimento, instruir o espírito a viver e a enfrentar as dificuldades do mundo.
Emília Ferreiro (1936 -). Implantou os mecanismos cognitivos relacionado à leitura e à escrita. Segunda ela o desenvolvimento da leitura e da escrita começa muito antes da escolarização.

A FORMAÇÃO DO ALUNO

A educação contemporânea não deve se limitar a formar alunos para dominar determinados conteúdos, mas sim que saibam pensar, refletir, propor soluções sobre problemas e questões atuais, trabalhar e cooperar uns com os outros. A escola deve favorecer a formação de seres críticos e participativos, conscientes de seu papel nas mudanças sociais.
A Escola deve passar aos alunos uma visão panorâmica sobre o mundo em que vivemos, devemos aprender na Escola uma visão global de todas as ciências que envolve o conhecimento do universo com astronomia, geografia, botânica, zoologia, química, física, línguas, matemática.
A Escola também deve preparar o aluno para o convívio com outros humanos, ensinando-os a arte da tolerância, dos limites sociais, do direito, das regras sociais de convivência, do princípio da hierarquia.
O conhecimento produzido pela humanidade traduz-se, na Escola, nas diferentes disciplinas (História, Geografia, Ciências, Línguas) e deve receber um tratamento didático adequado para que possa ser assimilado, entendido e recriado pelos alunos.
Educar uma pessoa que já é educada torna-se uma tarefa árdua, porque, no momento em que uma criança chega à sala de aula, já é portadora de certos conhecimentos que adquiriu junto a sua comunidade. Transformar e/ou acrescentar mais conhecimentos é a tarefa do profissional da Educação que trabalha com esse indivíduo. Isso se torna difícil, pois apenas se faz o papel de mediador, não de transformador de conhecimentos. A criança apenas irá complementar sua sabedoria.
Uma escola deve favorecer a formação de cidadãos conscientes e atuantes, possibilitar o desenvolvimento da capacidade de pensar, raciocinar, descobrir e resolver problemas, de forma envolvente e que possibilite a satisfação interna de seus alunos.
Alunos e professores ao pesquisarem em conjunto aprendem a criticar, a ver mais claramente, a pensarem em um nível mais elevado. O aluno pode desenvolver uma consciência critica e cidadã, capaz de identificar as forças de opressão que estão ao seu redor. O professor desenvolve maior autoridade sobre o seu próprio trabalho e pensamento.

A FUNÇÃO DA ESCOLA

A Escola é um dos lugares socialmente instituídos para a criança se inserir na cultura urbana, para que se relacione com o outro e com o conhecimento. É parte de uma dinâmica, onde o sujeito organiza e interpreta suas relações com o mundo interno e externo. É nela que aprendemos, a ler e a escrever, dois objetos socioculturais fundamentais numa sociedade letrada. Não ler e escrever, hoje, significa não dispor dos instrumentos básicos para inserção e participação social, para a constituição da cidadania.
A Escola tem um papel realmente importante na vida de uma pessoa porque é na Escola começa a ter uma Educação profissional de qualidade e também é por ela que todo mundo começa a formar a sua própria opinião e assim poder tomar decisões por contar própria sem contar que a Escola é responsável por formar profissionais para o mercado de trabalho. Por meio dela os jovens podem decidir qual vai ser o seu futuro.
Ela se situa de forma cada vez mais evidente em meio a um interesse de classes distintas com necessidades distintas. É vista com vários olhos, tanto como objeto educacional quanto um refúgio. Muitos pais pensam que a Escola se torna um meio de estar se livrando dos seus filhos e querem a Escola dêem a Educação adequada para eles. A incoerência social da Escola é fruto da Incoerência social da Sociedade, frutos da ganância e ambição de muitos.
Como função social a Escola é um local onde visa a inserção do cidadão na sociedade, através da interelação pessoal e da capacitação para atuar no grupo que convive. Forma cidadãos críticos e bem informados, em condições de compreender e atuar no mundo em que vive.

“É na Escola que se constrói parte da identidade de ser e pertencer ao mundo; nela adquirem-se os modelos de aprendizagem, a aquisição de princípios éticos e morais que permeiam a sociedade; na Escola depositam-se expectativas, bem como as dúvidas, inseguranças e perspectivas em relação ao futuro e às suas próprias potencialidades”. (BORSA, 2007, pª 02).

A Escola tem um compromisso com a Educação, devendo atuar forma abrangente, não só tendo como objetivo a instrução. Deve manter uma visão holística, procurando avaliar, para melhorar, todos os aspetos dos quais o ser humano é constituído. Deve prover os indivíduos não só, nem principalmente, de conhecimentos, idéias, habilidades e capacidades formais, mas também, de disposições, atitudes, interesses e pautas de comportamento. Assim, tem como objetivo básico a socialização dos alunos para prepará-los para sua incorporação no mundo do trabalho e que se incorporem à vida adulta e pública.
A Escola não foi inventada nem para o aluno, nem para o professor, nem para o político, nem para o pedagogo, nem para o sociólogo. A Escola foi inventada para que os que não sabem possam aprender com os que sabem. Ou seja, para o Ensino.
A possibilidade de formar o cidadão para o mercado de trabalho e para a vida está diretamente ligada à freqüência Escolar, à superação das exigências impostas nas instituições, às adaptações aos ritos de passagem. Portanto, as Escolas contribuem para que as sociedades se perpetuem, pois transmitem valores morais que integram as sociedades. Mas elas também podem exercer um papel decisivo nas mudanças sociais.

A ESCOLA

"Escola é...

o lugar onde se faz amigos

não se trata só de prédios, salas, quadros,

programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

gente que trabalha, que estuda,

que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,

o aluno é gente,

cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

na medida em que cada um

se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

que não tem amizade a ninguém

nada de ser como o tijolo que forma a parede,

indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

é também criar laços de amizade,

é criar ambiente de camaradagem,

é conviver, é se ‘amarrar nela’!

Ora , é lógico...

numa escola assim vai ser fácil

estudar, trabalhar, crescer,

fazer amigos, educar-se,

ser feliz."



de Paulo Freire

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Fides et Ratio

A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de O conhecer a Ele, para que, conhecendo-O e amando-O, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio (cf. Ex 33, 18; Sal 2726, 8-9; 6362, 2-3; Jo 14, 8; 1 Jo 3, 2).

Papa João Paulo II

Pensar, uma necessidade necessária

Pensar é preciso em qualquer ocasião.Nunca devemos tomar qualquer decisão baseados em impulsos emocionais ou movidos pelo calor do momento.Como seres racionais devemos refletir muito antes de tomarmos quaisquer atitudes ou fazer certas escolhas.Muitas pessoas simplesmente quebraram a cara porque em um dado momento de suas vidas seguiram um impulso ou uma inclinação momentânea.

Vivemos em uma sociedade que abraça modismos e tendências das mais variadas e estranhas.As pessoas são levadas muitas vezes por apelos sensuais e sedutores a aceitar o que inconscientemente não desejam.E quando se apercebem do erro que cometeram é tarde demais,o estrago já foi feito.

Propagandas perniciosas,estratégias de marketing e toda sorte de chamativos emocionais são usados por orgãos de publicidade para enredar suas vítimas, que na maioria dos casos é constituida de gente simples que não tem senso crítico aguçado e nem tampouco condições de se defender dos ataques midiáticos e da influência hipnotizadora dos comerciais.

O mercado capitalista explora todas as possibilidades para conquistar clientes.Nem que para isso tenha que colocar a corda no pescoço de muitos.Com ofertas mirabolantes e preços a perder de vista em prestações intermináveis,muitos incautos sacrificam suas finanças,sua comodidade e sua família para satisfazer seus desejos consumistas que mais tarde podem trazer sérias consequencias incontornavéis.

Portanto,é necessário antes de mais nada ter bom senso e uma dose de prudência no uso do dinheiro e dos recursos disponíveis.Se um conforto é supérfluo,e pode ser deixado para depois,é necessário ter um pouco de paciência. A falta de temperança hoje, pode resultar em tristeza e sofrimento amanhã.Por isso é sempre oportuno adotar o caminho da coerência e da parcimônia,para poder estar trânquilo e confortável no futuro. Pense nisso.