O olhar crítico

John Dewey dizia que, se um grupo de alunos trocassem ideias, se dialogavam, nesta situação se exaltava a verdadeira Educação. Desta forma, como amante da Educação, resolvi expor meus trabalhos acadêmicos, bem como outros textos, afim de contruir uma realidade mais crítica para a progressividade educacional.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Pontos negativos do uso tecnológico

No caso da escola, não deve o computador substituir o professor. A máquina deve isso sim, constituir-se num instrumento auxiliar, que dará ao professor mais tempo para a realização de outras tarefas que somente ele deve cultivar nos jovens. Desse modo, caberá cada vez mais à escola ensinar à criança e ao jovem o manejo desse equipamento
O mau uso do computador induz a indisciplina, as crianças não tem autocontrole suficiente para dominar-se, direcionado e restringindo o uso do computador. Além disso, a indução de indisciplina é exatamente o oposto de algo que a educação quer obter. Segundo ele, a educação deveria ter como um de seus mais elevados objetivos desenvolver vagarosamente os pensamentos, de maneira que eles se tornem livres e criativos na idade adulta. Isso não acontece se são enquadrados muito cedo em formas rígidas e mortas, como as que exigem todas as máquinas, e muito mais os computadores, que trabalham unicamente ao nível mental estritamente formal.
Este autor relata que devido à enorme autodisciplina que o computador exige, e ainda baseado em suas experiências com alunos do ensino médio, chega a conclusão de que a idade ideal para um jovem começar a usar um computador é 16 anos, preferivelmente, 17 anos.
Para se considerar o uso de computadores na educação é também absolutamente necessário ter-se um modelo de desenvolvimento das crianças e dos jovens. É necessário introduzir o computador nas escolas, mas para ensinar a usá-lo e compreendê-lo; o importante ensinar o princípio do funcionamento dessas e de outras máquinas, para que elas não sejam um mistério. Além disso, devem-se abordar seus efeitos positivos e negativos, levando a um uso crítico delas.
Os professores encaram o computador como a ferramenta que finalmente pode levar os alunos a estudar. Pelo menos há uma vantagem trazida pelo fascínio que crianças têm pelos computadores usados na educação. Talvez o maior serviço do computador na educação tenha sido tornar óbvio o que os críticos da educação têm afirmado e as pesquisas sobre o declínio dela têm mostrado há décadas: professores malformados, com falta de entusiasmo, e falta de amor pelos alunos, usando métodos deficientes, baseados em filosofias ou teorias educacionais que são mais elucubrações mentais do que reflexões impregnadas de realidade e, no Brasil, salários aviltantes, produzem um ensino maçante a até massacrante. O computador pode ser considerado o alarme para todos ouvirem: é um absurdo que uma máquina possa ser mais interessante e atrair mais a atenção do que um ser humano se tiver a sensibilidade e a criatividade que deveria ter como professor.
Instituir mudanças na escola, adequando-a as exigências da sociedade do conhecimento, constitui hoje um dos maiores desafios educacionais. A escola é um espaço de trabalho complexo, que envolve inúmeros outros fatores, além do professor e dos alunos. A introdução de novas idéias depende, fundamentalmente, das ações do professor e dos seus alunos. Porém essas ações, para serem efetivas, devem ser acompanhadas de uma maior autonomia para tomar decisões, alterar o currículo, desenvolver propostas de trabalho em equipe e usar novas tecnologias da informação.
Sabemos que o computador é uma ferramenta, e que sozinha nada pode fazer, se esta for utilizada de forma maçante, para os professores fingirem que estão ensinando e os alunos fingirem que estão aprendendo, jamais haverá um crescimento de uma aprendizagem significativa.

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