Tecnologias são os meios, os apoios, as ferramentas que utilizamos para que os alunos aprendam. A forma como os organizamos em grupos, em salas, em outros espaços isso também é tecnologia. O giz que escreve na louça é tecnologia de comunicação e uma boa organização da escrita facilita e muito a aprendizagem. A forma de olhar, de gesticular, de falar com os outros, isso também é tecnologia. O livro, a revista e o jornal são tecnologias fundamentais para a gestão e para a aprendizagem e ainda não sabemos utilizá-las adequadamente. O gravador, o retro projetor, a televisão, o vídeo também são tecnologias importantes e também muito mal utilizadas, em geral.
As tecnologias estão presentes no dia-a-dia da escola, em todos os gestos e atitudes dos profissionais, facilitando o aprendizado do aluno e a atualização dos professores aos devidos recursos. Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como mais uma ferramenta eficiente na construção de conhecimentos, baseando-se em epistemologias que priorizem a ação do sujeito, como a epistemologia genética de Jean Piaget.
A Escola não permite erros, depois que o aluno elaborou uma tarefa, dificilmente terá tempo de refazê-la. O computador permite que o aluno erre e retifique os seus erros. Com o uso do computador, o aluno tem a sensação de ser o protagonista do processo.
A Informática na Escola possibilita e fornece aos alunos diferentes conceitos formais ou não através de representações gráficas (desenhos, esquemas e animações); desenvolve a lógica e aprendizagem.
O computador permite que se respeite o tempo de aprendizagem individual de cada aluno. Permite gerar as próprias estratégias de aprendizagem. Permite a criatividade, a divergência e exercita o aluno a tentar novos caminhos para a resolução de problemas.
O uso do computador desenvolve diferentes habilidades perceptivo-visuais, lógico-formais, associativas nos alunos e pode facilitar e solicitar a colaboração entre alunos.
Os procedimentos (atenção, a busca e análise dos erros, a decomposição de problemas, etc) desenvolvidos com as práticas realizadas no computador são transferidas para outras atividades realizadas pelo aluno.
Com o uso da tecnologia de informação e comunicação, professores e alunos têm a possibilidade de utilizar a escrita para descrever/reescrever suas idéias, comunicar-se, trocar experiências e produzir histórias. Assim, em busca de resolver problemas do contexto, representam e divulgam o próprio pensamento, trocam informações e constroem conhecimento, num movimento de fazer, refletir e refazer, que favorece o desenvolvimento pessoal, profissional e grupal, bem como a compreensão da realidade.
Temos assim a oportunidade de romper com as paredes da sala de aula e da escola, integrando-a à comunidade que a cerca, à sociedade da informação e a outros espaços produtores de conhecimento, aproximando o objeto do estudo escolar da vida cotidiana e, ao mesmo tempo, nos transformando em uma sociedade de aprendizagem e também da escrita.
Para alcançarmos o patamar de uma sociedade da leitura, da escrita e da aprendizagem, precisamos enfrentar inúmeros desafios, vários deles no interior da escola. Entre esses, os mais contundentes são: a dessacralização do laboratório de informática e da senha do computador; o acesso à tecnologia de informação e comunicação; o uso dessa tecnologia para a resolução de problemas do cotidiano que favoreçam a articulação entre as áreas de conhecimento, ao mesmo tempo que propiciam o aprofundamento de conceitos específicos e levam à produção de novos conhecimentos; a flexibilização do uso do espaço da escola e do tempo de aprender; o desenvolvimento da autonomia para a busca e troca de informações significativas em distintas fontes e para a respectiva utilização dos recursos tecnológicos apropriados.
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