O aluno é um agente social que leva para a escola uma série de experiências acumuladas em casa, no trabalho, no clube, na igreja, etc. Essas experiências do cotidiano tornam o aluno capaz de reelaborar os conceitos emitidos pelo professor. É nessa contraposição entre a experiência do professor e a experiência do aluno que o conhecimento se faz. Ser aluno hoje é ser agente de elaboração do conhecimento e isso só acontece quando o aluno debate, exige do seu professor, quando o questiona.
Atualmente está sendo difícil concentrar o aluno em sala de aula com exercícios copiados da lousa, onde o aluno fica o tempo todo copiando, ouvindo o professor. O aluno vem com uma bagagem muito grande de conhecimento, principalmente no que diz respeito a novas tecnologias.
Alguns alunos de hoje não estão interessados em aprender e sim alcançar a média para passar de ano, pois aprender se tornou uma obrigação e não um desejo. Para outros, os alunos de hoje têm estabelecido compromisso com o aprendizado, isto que ele adquiriram o que por muitos anos lhes foram negado o direito de voz, hoje os alunos se expressam livremente, expõem suas opiniões, e isto faz com que os alunos tenha vontade de aprender existindo um compromisso com o seu aprendizado, visto que este se faze por intermédio do próprio aluno.
Há duas classes bem distintas em relação aos alunos de ensino Fundamental e Médio. Os alunos ricos e os alunos pobres. Os alunos ricos estudam na rede particular. Com certeza os filhos dos políticos, industriais, juristas, grandes comerciantes (nobreza e alta burguesia em geral) recebendo como de costume ensino de primeira qualidade, em escola de primeira qualidade, com professores de alto nível, para que o domínio desta "casta nacional" seja perpetuado. Enquanto isso, os alunos pobres (dominados e oprimidos), que estudam na rede pública. Os alunos pobres só querem estudar para "ser" alguém na vida, mesmo que "ser" alguém signifique ser usado e tratado como "coisa" para produzir "coisas", que acabam dando grandes lucros para os seus "proprietários".
Ao chegar ao Ensino Superior, acontece o reverso. O aluno que estudou em Escola Particular, por receber uma Educação, 'melhor', ou seja, uma didática tecnicista, se sobressai melhor que o aluno da Escola Publica nos vestibulares, e desta forma, permanece no ensino Superior em Universidades Publicas ou Federais, que possuem um melhor reconhecimento pelo ENADE. Enquanto as vagas nas Federais se esgotaram, resta ar ao aluno público as Faculdades Particulares, onde os vestibulares são mais fáceis e acessíveis.
O Aluno superior sofre muito também. Possuem falta de interesse, de motivação ou de comprometimento com a própria aprendizagem; passividade, individualismo. Interesse na nota e em passar de ano e/ou obter diploma; falta de disciplina, hábitos de estudo insuficientes. Também há fatores negativos referentes à escolaridade anterior: nível de conhecimento ou pré-requisitos insuficientes para acompanhar a graduação; dificuldade na interpretação, redação e leitura; dificuldade de raciocínio, falta de senso-crítico; falta de tempo para estudar, com pouco contato extraclasse e principalmente o aluno trabalhador.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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